Rio do Peixe progrediu lentamente e em 1962 foi emancipado, desmembrado de Serro e tornou-se sede de município, com o atual nome de Alvorada de Minas. Possui uma área de 374,9 km² e é composta pelo centro da cidade e pelo distrito de Itapanhoacanga, com um folclore rico em tradições como o Bumba Meu Boi, a Folia de Reis e a Marujada.
O distrito de Itapanhoacanga foi um dos mais ricos garimpos de ouro do Serro Frio. João Simões, um antigo comerciante local, estava entre os homens mais ricos da Capitania em 1746. A Igreja de São José, protegida pelo IPHAN, é um importante exemplar da arte barroca. A construção foi iniciada em 1746, e há registros de reconstruções em 1763 e 1771/1787, com um belo portal, altares com talhas e uma bela pintura em painel no forro com os dizeres: "No ano de 1787, pintou este quadro Manoel Antônio da Fonseca, por ordem do Capitão José Pereira Bonjardim, que deu as tintas por sua devoção". Outro importante exemplar barroco é a igreja de N. S. do Rosário, também com pinturas, provavelmente do mesmo Manuel Antônio da Fonseca e discípulo de Mestre Ataíde. Itapanhoacanga era um antigo povoado na Estrada Real, que ligava Serro Frio a Ouro Preto, passando por onde hoje está a rua principal do distrito. Por ali passaram governadores, tropas, garimpeiros e tropeiros, além de viajantes como John Mawe, em 1808, e Saint-Hilaire, em 1816, entre muitos outros pesquisadores. Para o lazer, "o Rio Landim é uma das melhores opções, com suas águas cristalinas e calmas, além do Rio Campina e do Tanque do Carumbé". Assim como nos séculos XVIII e XIX, a região de Alvorada de Minas, especialmente em seu distrito de Itapanhoacanga, volta a ser o centro do extrativismo mineral, com a exploração de jazidas de minério de ferro. A jazida se estende desde o distrito de São Sebastião do Bonsucesso (conhecido como SAPO) até as proximidades do Serro.